sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012



          O PERIGO QUE VEM DOS MARES..


Os mares que rodeiam a Antártida estão perdendo sua capacidade de absorver dióxido de carbono, provocando um grave aumento de gases poluentes na atmosfera. De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela revista “Science” que realizou esta pesquisa, sobre as perdas de absorção atmosféricas nos oceanos. Esta perda e bem maior do que a última realizada em 1981 pelo um grupo de cientista. 

Os mares do Sul da Antártida são conhecidos pela grande quantidade de dióxido de carbono, formando um grande deposito de poluentes, produzido pelas atividades humanas no planeta. Os cientistas calculam que estes mares recebem cerca da metade de todas as emissões poluentes produzidas pelo homem.

Isso está provocando uma grande mudança climática nas águas dos mares do Sul, com isso está aumentando consideravelmente os níveis do gás na atmosfera do planeta. O dióxido de carbono é absorvido pelas plantas, mas o problema é que os desmatamentos provocados pelo homem nas florestas, estão contribuindo para aumentar o dióxido de carbono, não existe plantas suficientes que cheguem para absorver todo este dióxido em excesso, seu destino final é a atmosfera.

O dióxido de carbono deixa passar a radiação vinda do sol, refletindo o calor proveniente da Terra, devolvendo-o á superfície. Esse fenômeno provoca um aumento gradual da temperatura na Terra.

Tudo isso está provocando uma subida do nível da água dos mares, erosão nos litorais, degelos das camadas polares, entre outros fatores que constantemente assistimos nos meios de comunicações, como pro exemplo, seca, baixa produção agrícola, furacões, maremotos entre outros acidentes climáticos.

Esta saturação do Oceano do Sul foi pesquisada através de análise dos níveis de dióxido de carbono atmosférico proveniente do resultado da pesquisas de mais de 40 estações de observação espalhada pelo mundo. Os cientistas comprovaram que existe um aumento na ordem de 44% de dióxido de carbono em todo planeta, isto e extremamente grave. Todas as previsões climáticas prevêem que este índice devera continuar e se intensificar nos próximos anos. Mas infelizmente nós continuamos a poluir cada vez mais o nosso planeta, sem dó nem piedade. 
Valentim Santos
Historiador Sociólogo e Ambientalista.

CEMITÉRIOS REPRESENTAM RISCOS AMBIENTAIS







Hoje se fala muito sobre a importância da preservação do meio ambiente em rios, lagoas, ar e mar. Mas os cemitérios também passaram a ser motivo de preocupação dos ambientalistas, por que muitos não são ecologicamente corretos. Não existe uma norma de segurança ambiental determinada pelos órgãos que fiscalizam eventuais contaminações. Os cadáveres se tornam perigosos poluentes, seu processo de decomposição leva, em média dois anos e dá origem a um líquido chamado necrochorume, que e composto por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substancia  orgânicas, sendo duas altamente tóxica, putresina e a cadaverina.

Estas substanciam são eliminadas durante o primeiro ano após seu sepultamento, são líquidos viscoso, com a coloração acinzentada que, com a chuva, podem atingir o aqüífero freático, ou seja, pode chegar nas águas subterrânea de pequenas profundidades.

Recentemente foi divulgada uma pesquisa realizada pelo geólogo e professor Leziro Marques Silva que pesquisa há 30 anos sobre o tema, verificou a situação em 600 cemitérios do País. Cerca de 70% dos cemitérios poluem o meio ambiente. Primeiro porque não tomam o devido cuidado com o sepultamento dos cadáveres. O ideal e, que exista um limite de três metros acima do lençol freático, depois, pela localização em terrenos inapropriados.  Na mesma pesquisa foi verificado que a cremação também é fator poluente, com a emissão de gases na atmosfera, caso os equipamentos utilizados não estejam instalados de forma conveniente.

Existe uma resolução do CONAMA, (CONSELHO NACIONAL MEIO AMBIENTE), órgão colegiado do Ministério do Meio Ambiente, foi o primeiro instrumento de alcance nacional a regulamentar a instalação e o funcionamento de cemitérios no Brasil. Os administradores dos cemitérios vão ter de cumprir uma série de exigências, como a manutenção de distancia mínima de 2m do fundo das sepulturas para o lençol freático e 5 m da área de sepultamento para o limite do cemitério.

         A resolução do CONAMA também submete os cemitérios ao processo de licenciamento ambiental, abrindo a possibilidade de simplificação de padrões para cemitérios de pequenos portes com 500 jazigos, localizados em cidades com menos de 30 mil habitantes que não integram o complexo urbano metropolitanos.

A cidade de Curitiba foi a primeira a resolver estes problemas ambientais, passando a exigir análises básicas dos locais pelo departamento de geologia e de química da Universidade Federal do Paraná para avaliação mais técnica e concreta. O cemitério Parque São Pedro foi o primeiro a adotar as normas ambientais exigidas foi implantando um filtro biológico que impede o necrochorume de contaminar o solo. O cemitério recebeu o certificado ISSO 14001 tornando-se referencia atendendo á proposta do Estudo de Impacto Ambiental, sujo objetivo é oferecer um serviço ambientalmente seguro sem interferir no lençol freático.


VALENTIM SANTOS
Professor, Historiador e Sociólogo.